Tratamentos

Transtorno TAS

Transtorno de Ansiedade Social (TAS)

 

As síndromes fóbicas estão relacionadas a medos intensos e irracionais, por situações, objetos ou animais que objetivamente não oferecem ao indivíduo perigo real e proporcional à intensidade de tal medo.

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A fobia social caracteriza-se por um medo intenso e persistente de situações sociais que envolvam expor-se ao contato interpessoal, demonstrar certo desempenho ou situações competitivas e de cobrança.

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Medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre imediatamente induzido pela situação fóbica, até um ponto em que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que se apresenta. Existem vários tipos de fobias específicas: a animais, ambiente natural, sangue-injeção-ferimentos, situacional e outros.

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No transtorno de ansiedade social (fobia social), o indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de interações e situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliado. Estão inclusas situações sociais como encontrar-se com pessoas que não são familiares, situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo e situações de desempenho diante de outras pessoas. A ideação é de estar sendo avaliado negativamente pelos demais, ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado ou ofender os outros.

 

Os quadros de fobia social foram categorizados em dois subtipos:

  • Fobia social circunscrita ou restrita, limitada a uma ou duas situações sociais específicas.
  • Fobia social generalizada, em que aparecem temor, ansiedade e evitação à maioria das situações sociais.

 

DIAGNOSTICO

 

O diagnóstico do TAS é essencialmente clínico. O rastreamento rápido de casos inclui três perguntas a serem formuladas pelo psicólogo aos pacientes reservados e tímidos. A avaliação inclui anamnese clínica, anamnese objetiva, uso de agendas ou diários de auto monitoramento.

 

A avaliação sistemática dos seguintes aspectos é relevante para a implementação de psicoterapia e/ou farmacoterapia:

história pessoal do paciente; inventário dos desencadeantes dos sintomas de ansiedade social; eventos eliciadores do quadro de fobia social; respostas do paciente em seus níveis cognitivo, somático, comportamental e emocional; os temores do paciente nas situações sociais; evitações e comportamentos de segurança; avaliação das habilidades sociais; aparência pessoal e rede de apoio social; uso de medicamentos, álcool ou drogas e história familiar de transtornos mentais.

 

Após esta avaliação com conceitualização cognitiva do caso, o plano terapêutico é estabelecido e pode ou não envolver o uso de medicações.

O transtorno de ansiedade social é multifatorial, com evidências de que fatores genéticos e ambientais estejam envolvidos, mas seu modelo etiológico ainda não está esclarecido (Furmark, 2009). O surgimento do quadro é resultado de um somatório diferenciado de fatores, desde os neurobiológicos até os fatores psicológicos e as experiências de vida.

 

Em artigos de estudos literários encontramos as seguintes informações:

Pais com TAS e familiares com transtornos de ansiedade configuram fatores predisponentes para o desenvolvimento de fobia social. Em estudos retrospectivos, pais de pacientes com transtorno evitativo de personalidade são mais recriminadores e intolerantes.

 

Estudo apontam no ambiente familiar os seguintes fatores predisponentes:

 

1. pais superprotetores;

2. pais abusivos e disfuncionais;

3. pais ansiosos e controladores;

4. pais pouco calorosos, muito críticos e pouco encorajadores;

5. pais ansiosos que demonstram ser mais críticos com filhos inibidos

 

ESTUDOS revelaram que 10 a 15% das crianças têm história de irritação quando bebês e se tomam inibidos comportamentalmente, permanecendo mais cautelosos, quietos e introvertidos na fase escolar. Os autores sugerem que uma sensibilidade aumentada ao escrutínio e a críticas se transmite de geração para geração. A inibição comportamental atua como fator predisponente para o TAS.

 

TRATAMENTO

 

O tratamento da fobia social é tarefa complexa e a procura por tratamento costuma ocorrer em fases mais avançadas, em que limitações importantes e outros transtornos mentais já estão presentes.

 

E comum a dificuldade de aliança terapêutica, devido à natureza intrínseca da relação terapêutica e as dificuldades características de interação verbal que estes pacientes têm.

 

Os objetivos do tratamento, psicoterápico ou farmacológico, incluem a diminuição de:

 

1. ansiedade antecipatória e dos sintomas fisiológicos de ansiedade;

2. cognições de autoavaliação negativa e da suposta avaliação negativa pelos outros;

3. evitações sociais;

4. limitações e prejuízos do paciente;

5. o tratamento das comorbidades.

 

Para atingir esses objetivos, faz-se necessário uma abordagem por vezes integrada, aliando o tratamento farmacológico à terapia cognitivo-comportamental (TCC) nos casos mais graves, ambas com eficácia demonstrada pacientes apresentam taxas de resposta entre 50 e 80%.

 

REFERENCIA: BERNARD, Rangé et al. Psicoterapia cognitivo-comportamental [recurso eletrônico] um dialogo com a psiquiatria. ? 2. Ed. -. Dados eletrônicos. - Porto Alegre: Artimed, 2011.

 

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais ? 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

 

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 / [American Psychiatric Association; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. ? 5.

 

SAÚDE MENTAL É COISA SÉRIA.

 

Psicólogo: Alexandre Batista

 

CRP 4/62256

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